Para ter o seu site na primeira pagina das buscas do Google é preciso entender uma série de fatores que, juntos, irão levar seu site ao encontro dos usuários. Um dos pontos fundamentais e mais negligenciados é o OnPage.
Os fatores OnPage são também os mais esquecidos. Hoje parece que só se fala de backlinks.
Os poderosos backlinks.
Sim, eles são muito fortes, mas sem um site bem estruturado você diminui consideravelmente as chances de aparecer bem posicionado no Google. Digo isso por que sempre vejo site de algumas pessoas que estão com problema de posicionamento e analisando o conteúdo, consigo entender por que isso acontece.
Não adianta focar em um único ponto e esquecer outros. O Google usa mais de 200 fatores para ranquear sites. Se você deixa de lado a maioria deles, você realmente não vai ter sucesso.
Eu diria que um site com backlinks e sem um bom onpage é como uma pessoa que vai para a academia, mas só come porcaria. Ela vai continuar engordando ou no máximo, vai manter o peso.
Por isso eu resolvi criar este guia sobre SEO OnPage para te ajudar a otimizar seu site e conseguir melhores posições no Google. Vamos começar!
Títulos
O primeiro item do nosso guia e um dos mais importantes. O título.
O título diz para o Google exatamente do que se trata o seu conteúdo. No caso desse texto aqui, “Seu site na primeira página do Google: O Guia Completo de Posicionamento”, o Google vai entender que se trata de um assunto relacionado a primeira página do Google e mais especificamente que é um guia sobre fatores de posicionamento.
Se você deixa de dar essa informação, você está pecando em um ponto crucial para ser encontrado.
O título deve conter o termo que você posicionar. Caso você esteja querendo posicionar para “Como fazer panqueca”, essas palavras devem aparecer no título.
Agora, importante!
Não sacrifique a qualidade do seu título para encaixar palavras. No exemplo do título “Como fazer panquecas”, eu posso usar algo mais persuasivo para atrair mais cliques e tráfego, afinal esse é o objetivo do SEO. Nesse caso, o título poderia ser “Saiba como fazer panquecas de forma fácil”. Dessa forma fica muito mais interessante para o usuário, sem perder o termo principal que nós queremos mostrar para o Google.
Outra coisa importante é não superotimizar o título. Deixe o mais natural possível.
Não recomendado: Como fazer panquecas – Aprenda como fazer panquecas
Recomendado: Como fazer panquecas – 5 maneiras fáceis e práticas
Subtítulos (Heading Tags)
Os subtítulos servem para organizar o seu conteúdo. Diferente do título que só pode ser usado uma vez no texto, os subtítulos podem ser usados infinitas vezes.
Além de dividir seu assunto em tópicos e deixar mais organizado para o Google e para o usuário, as heading tags também reforçam aos mecanismos de busca sobre qual assunto você está falando.
No WordPress, é muito simples fazer isso. Basta ir na caixa de edição e escolher o tipo de cabeçalho que você quer usar.
Em outra plataforma, você pode ir através do código HTML.
Título: <H1>Como fazer panquecas</H1>
Subtítulo: <H2>Panquecas Doces</H2>
Subtítulo 2: <H3>Panquecas de Chocolate</H3>
Quando usar as heading tags?
1 – Como forma de incluir palavras-chave que não couberam no título.
2 – Como forma de reforçar o tema principal, incluindo termos relacionados ao tema.
Negrito
Esse era um fator muito forte para posicionamento antigamente. Hoje muitos profissionais de SEO não usam mais.
Eu gosto de usar negrito por 2 motivos:
- Indicar partes importantes no texto, ajudando o leitor a encontrá-las.
- Não custa nada negritar uma palavra, não é? Então por que não fazer isso mesmo sem ter provas que isso ainda funciona para SEO?
Otimização de Imagens
Esse é um dos fatores mais negligenciados na hora de escrever um texto.
É também um dos pontos mais fáceis de fazer e um dos mais relevantes.
O Google não consegue identificar o conteúdo de uma imagem. Por mais sofisticado que o algoritmo de busca seja, ainda não é possível fazer uma identificação do teor da imagem de forma eficiente.
Então a melhor forma de mostrar para o Google o que aquela imagem significa é nomeando. Isso no WordPress é moleza.
Primeiro é interessante renomear a imagem com alguma palavra relacionada ao seu tema.Pode ser a palavra-chave principal que você quer posicionar ou pode ser alguma relacionada.
Ao invés de subir a imagem para o seu site como DCS-0182.jpg, você pode enviá-la como como-fazer-panquecas.jpg, por exemplo.
Outra coisa importante é usar a tag ALT, que no WordPress é bem simples de usar. Basta ir em editar imagem e preencher o quadro de texto alternativo com a palavra que você deseja.
Dessa forma o Google vai entender do que se trata aquela imagem e ela poderá até aparecer nas imagens do Google quando alguém pesquisar por lá. Olha que legal!
Densidade da Palavra-chave
Nos primórdios do Google era fácil posicionar um site. Quanto mais a palavra-chave aparecesse dentro do conteúdo, maiores as chances de aparecer no topo das buscas.
Simples, né?
Hoje em dia não é bem assim (apesar de ter sites posicionados dessa forma ainda).
Já se falou em uma repetição de 5% da palavra-chave dentro do conteúdo. Isso significa que em um texto de 500 palavras, a palavra-chave principal deveria aparecer 25 VEZES! De fato você encontra textos posicionados hoje no Google com essa quantidade absurda de palavras-chave se repetindo, mas esse tipo de técnica pode causar penalização do Google no chamado sandbox.
Muitos querem um número EXATO de quantas vezes a palavra-chave deve se repetir, mas eu vou ser sincero…
Isso não importa.
O Google não vai usar isso como um fator relevante para posicionar seu site ou não. Se seu site tem 0,5% de densidade e seu concorrente tem 0,9%, isso não quer dizer que ele vai ficar na sua frente.
A minha recomendação aqui nesse tópico é: Use o bom senso e repita a palavra apenas quando precisar. Além disso, existe um outro fator até mais importante que a própria densidade da palavra-chave, que são as LSI Keywords.
LSI Keywords
Na tradução livre, seria algo como palavras-chave semânticas (Latent Semantic Indexing). São palavras relacionadas à palavra-chave principal do conteúdo. O Google usa essa proximidade semântica para entender do que se trata o conteúdo e não trazer resultados errados para o usuário.
É através desse fator que o Google entende o significa do que está escrito no texto. Esse ponto é determinante para o seu conteúdo aparecer bem posicionado ou não.
Nos primórdios do Google e de outros mecanismos de busca, o algoritmo apenas buscava palavras-chave, sem levar em conta a semântica e o contexto em que estavam inseridas. Dessa forma os resultados não eram tão precisos.
O algoritmo foi aperfeiçoado e acabou com spam de palavras-chave (ou pelo menos tentou acabar). Antes, se você colocasse a palavra-chave que desejava posicionar várias e várias vezes dentro de um conteúdo, com uma repetição exagerada mesmo, você conseguia excelentes posições no Google.
A ideia principal aqui é usar as palavras que possuem um campo semântico relacionado ao assunto que você está abordando. Ficou complicado? Veja esse exemplo:
Digamos que você vai escrever sobre a cor laranja e o título fosse “Laranja, a tendência desse verão”. Como você pode perceber, o título está bem genérico e pode remeter à fruta laranja, já que é uma fruta bem consumida no verão. Mas estamos querendo ser encontrados para a cor laranja, correto?
Nesse caso você precisa inserir palavras referentes à cor laranja, moda e vestuário. Palavras como roupa, tendência, moda, modelo, look são bem-vindas para mostrar ao Google do que se trata o conteúdo em questão.
Velocidade do Site
A velocidade do site é importante tanto para o usuário, quanto para o Google. Alguns profissionais dizem que isso influencia muito e outros dizem que nem tanto. Eu já cheguei a dizer que não influencia, mas se olharmos no contexto geral, a velocidade do site pode influenciar mesmo que indiretamente.
Deixa eu explicar…
Um estudo da empresa MOZ mostrou que a velocidade do site tem um impacto no posicionamento. Esse já é um fator de peso para acreditar nessa teoria.
Outra coisa que eu acredito é que um site lento faz com que o usuário desista de navegar. Isso faz com que você perca um visitante e o Google entende que seu site não está entregando uma experiência interessante para o usuário, uma vez que ele saiu segundos depois de entrar.
Agora faz sentido, não?
Existem 2 sites que você pode usar para testar a velocidade do seu site. O Pingdom e a ferramenta do próprio Google. Um bom número é ter o seu tempo de carregamento próximo a 1 segundo.
Caso seu site precise de uma melhora na velocidade e você use WordPress, eu recomendo os plugins WP Super Cache ou W3 total cache.
Taxa de Rejeição
Esse é um tema muito debatido por profissionais de SEO por muito tempo, mas vamos resumir em poucas palavras.
A taxa de rejeição é uma métrica para mostrar se o usuário está visitando outras páginas do seu site. Se o visitante acessou seu site pelo Google e não entrou em outra página, isso conta como rejeição. Quanto mais usuários fazem isso, maior a taxa de rejeição.
Antes que você fique louco pensando em como diminuir essa rejeição, não se preocupe tanto. Por mais que o nome “rejeição” seja bem forte, isso não quer dizer que é tão prejudicial.
Essa taxa em si não vai prejudicar seu posicionamento no Google, ok?!
No entanto, nós queremos o usuário navegando por todo nosso site, afinal a intenção é fazer negócios com ele, não é verdade? Então se ele entra no seu site e sai sem visitar outra página, você está perdendo um usuário que poderia ser um cliente. Por isso é importante usar as ligações internas, que falaremos logo mais, para manter o usuário dentro do site e conseguir torná-lo cliente.
Tamanho do Conteúdo
Alguns estudos mostram que existe uma correlação entre o tamanho do conteúdo e o seu posicionamento. Porém é importante frisar que só um conteúdo longo não é suficiente para posicionar. Tanto é que existem sites com pouquíssimo texto posicionado nas primeiras posições.
Mas uma coisa é certa: quanto maior for o conteúdo, mais palavras-chave e termos relacionados você pode usar.
No geral eu gosto de conteúdos longos pois oferecem mais valor para o Google e para o usuário e tendem a posicionar mais facilmente. Então você consegue conquistar o visitante entregando valor e conquista boas posições nas buscas. Dessa forma você ganha em dobro.
Nem preciso dizer que o conteúdo tem que ser bom, né? Ninguém quer ficar lendo 2.000 palavras de um texto chato e ruim.
Otimização da URL
Colocar a palavra-chave na URL pode ajudar. Algumas plataformas de criação de sites não deixam fazer isso e eu sinto muito pelas pessoas que usam essas plataformas.
No WordPress isso é resolvido facilmente. Basta você configurar suas urls para serem amigáveis indo em Configurações > Links Permanentes.
Você pode marcar a opção Nome do post ou Personalizar.
Otimização da Descrição
A descrição é o que aparece abaixo do seu título nas buscas do Google. Ter uma descrição bem feita não serve apenas para o Google identificar as palavra-chaves do seu site, mas principalmente para o usuário sentir vontade de clicar no seu conteúdo.
A descrição do seu conteúdo não deve ser muito longa, pois o Google irá cortá-la e o usuário não vai conseguir ler o que você quer passar.
O número máximo que eu recomendo é de 155 caracteres. Você pode até escrever um pouco mais, mas em alguns casos acontece do Google mostrar a data do post e isso vai cortar sua descrição. A dica é ser direto e persuasivo.
Ligações Internas
Dessa lista toda, esse ponto talvez seja o mais esquecido. Ligações entre páginas é extremamente importante.
Se você não está fazendo isso você está perdendo posições, engajamento e tráfego.
Você precisa fazer ligações internas no seu site e nunca mais deve esquecer isso ?
Vou listar alguns pontos sobre links internos:
Links internos passam relevância para outras páginas
Imagine que você tem uma página com alta relevância e outra sem relevância alguma. É como um copo cheio de água e outro vazio. Para passar água para o outro copo você precisa derramar um pouco de água nele. É assim que você deve fazer no seu blog.
Linkar outras páginas do seu site passa relevância para elas e você consegue posicioná-las mais facilmente. Além disso você não deixa a relevância “escapar”, mantendo-a sempre dentro do seu site.
Retenção de usuários
Quando você linka outras páginas do seu site, você consegue fazer com que o usuário navegue por vários conteúdos. Dessa forma você retém sua atenção, aumentando o engajamento e diminuindo a taxa de rejeição.
Quantos links?
Eu não vou te dizer a quantidade ideal de links porque isso simplesmente não existe.
A minha recomendação é usar os links para outras páginas quando for preciso.
Outra vantagem de grandes conteúdos é que você terá mais chances de linkar para outras páginas. O objetivo é passar relevância para outras páginas e reter o usuário, mas de forma natural. Use o bom senso e não exagere.
Conclusão
A principal ideia desse guia é que você entenda que deve criar um conteúdo tanto para o Google quanto para os usuários. Não escreva textos pensando apenas nos robôs de busca. Não se engane com milhares de visitas se elas não trazem retorno para você.
Você prefere 20.000 visitas e 1 cliente ou 5.000 visitas e 100 clientes?
Se você seguir esse guia e conseguir colocar tudo em prática, suas chances de ser encontrando nas buscas aumentam consideravelmente. É claro que existem outros fatores envolvidos, mas o OnPage é fundamental para o sucesso do seu site.
É importante dizer que você irá melhorar cada ponto com a prática. Alguns pontos você vai adaptar e nem sempre você terá um conteúdo otimizado perfeitamente. Mas isso não é problema, o ideal é fazer o máximo para deixar seu conteúdo mais próximo do que foi mostrado aqui.
Se precisar de ajuda, entre em contato.
Um abraço e até a próxima!